26.2.10

hoje, deixei as chaves na mesa, ainda bem que estou deitada. faz pouco tempo desde que é de manhã, eu cá como manteiga e bebo gelatina. lavo as unhas e o pão, tão mal ninguém sai de casa. visto o pijama à tartaruga e levo-a passear, se entretanto ela me vomitar, não sou eu que limpo. o cão que mexa o seu grande cu e pegue na esfregona. continuo a andar de tão cansada que estou da bicha. enfim, josé, era pior se ela andasse a pé. paro lá no raio da mercearia, deixo a deslavada lá fora e vejo se o correio chegou, não é desta que a carminda me escreve. vou andando alberto, o casaco está-se-me aberto. viste o frio que faz? ai rapaz... a bicha já está pronta para dormir e eu dou meia volta, para ver se paro nos correios, eu bem que preciso de umas maçãs para a fruta, talvez traga umas hortaliças que o puré ainda me fica salgado. leonor, já não te via ao tempo amor! está tudo bem entre o garfo, já leva a faca, a colher saiu de lá do meio e foi para cima. o prato já se foi, sabes que entre marido e mulher, não se mete a colher, quanto mais o prato! adeusinho que já ouço o passarinho. a bicha entretanto, engasgou-se. ai mulher, se esta porca morre, não sei da minha vida. ai o alivio, era lixívia. agora vou-me de vez leonor, está aqui o elevador. eu penso cá para mim que era capaz de parar na cristina mas deixei a gelatina no fogão. chego a casa, lá me sento no sofá e deixo a tartaruga andar, a novela não posso perder. óh, a televisão não liga... joão!
eis aqui que me levanto. tanto como vês, também aprendi a não fazer sentido.

1 comentário:

HelenaCarneiro disse...

Está espectacular, sem sentido nenhum, mas espectacular. :D