depois de correr, depois de sofrer, chegou ao sitio pedido. começou por vaguear inconscientemente pela rua fragmentada entre os pedaços que lhe restavam, dançou e apedrejou os factos perdidos. acabou por recolher cada pedaço e fazer destes pobres explosões nobres. esperou, esganou, chorou, respirou. o tempo parecia ter sido trancado no sótão e quem esperava ver o mais depressa possível, ria às gargalhadas jorrando o seu sangue através das suas mãos gastas, das mãos que usava para se alimentar de cada som que a esbarrava.
sentada no meio da rua, no meio do nada inconstante, lançou o seu corpo sobre o chão, num acto simples sussurrou «in nomine patri et filii et spiriti sanctum» e nos segundos seguintes, foi engolida, devorada pela a multidão sufocante e revoltada. sentiu cada pé, cada peso, cada pessoa a fazer de si um corpo morto lentamente.
ele chegou tarde para ouvir as suas orações, pegou num papel e registou uma história que não era (ou que não tinha consciência de ser) um esquisso.
5 comentários:
a fotografia no inicio do teu blog deixou-me feliz e bem disposta. e a música tambem. transmite-me liberdade e lembra-me bons momentos. (:
(achei bem partilhar xf) *
yey truffaut (:
estudas no porto?
ja pensava isso de ti quando vi os francesismos .D (muaahaha)
eu ando na escola secundária da maia palmas para mim...
já aceitei, a minha internet é tão besta --'
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