18.4.10

levanta-se, ergue a roupa do chão e cobre-se, corre para lavar a cara e faz o risco nos olhos. sai ao de leve, quando menos espera, ergue-se então como se não fosse nada e fica a flutuar. não sabe o que se passou, não sabe o porquê desta súbita mudança. não sabe onde deixou o seu fardo a descansar, não sabe onde está o peso que cola os seus pés ao chão. sente-se só, já não carrega nada em si, já nem sabe quem é e eis que sobe até aos céus, até ao longínquo desocupado e fica a pairar sobre nós. eis então a eterna questão: o peso ou a leveza? a dor ou o nada?

3 comentários:

nannieu. disse...

eu acho que a ultima vez que te vi foi mesmo no porto ,mas não tenho bem a certeza ,lembra-me bem foi ter-te visto no inicio do primeiro periodo na ese a partir dai nunca mais mesmo.
de nada ,e é sempre bom vir aquele e ler estes textos lindos e comenta-los. :)

henrique disse...

wow

ana disse...

Eu vi aquele texto no teu fotolog e adorei. Fiquei muito curiosa para ver o filme.