carrego-te entre meias palavras e textos. sinto o teu peso em mim, a tua forma a sufocar-me. não chamo por ti. chamo alguém que te tire de cima dos meus ombros. que te afaste e devaste. atire a tua carcaça para o chão e por fim, te dê de comer, no imundo. mereces estas palavras cancerígenas e a dor ténue. que os minutos te encurtem os cabelos, que as horas te cansem os pés e que os dias te desgastem os olhos. que a mim, meu mentiroso, que a mim os minutos, as horas e os dias cerquem os meus pulmões e deixem-nos respirar. só quero esta doce capacidade de respirar, sendo sufocada diariamente por um cigarro, ela transcende o meu corpo. em dias, transcendeste também tu o meu corpo. esses dias, o calendário apagou e os segundos seguintes, mancharam-no.
hoje, sou eu e o meu agradado tempo. hoje, sou eu e a magnitude plena.
2 comentários:
sabe sempre a resposta .
o vocabulário que usas está a tornar-se repetitivo, vê que usas a expressão "tire a tua carcaça para o chão e por fim, dê-te de comer, no imundo. " Já o referiste noutros posts e não podes dizer "dê-te" mas sim "te dê de comer".
De resto e mais uma vez, está impressionante. Congrats.
se soubesses o que escrevo, verias que é uma ligação a outro texto meu mas sim, sou puto de repetitiva.
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