4.2.10

uma noite, boa noite. as estrelas que iluminavam e nada mais dançavam. a lua e o egoísmo. escrevo, com o intuito de repetir as palavras mais uma vez e mandar fora as pedras. ouço uma melodia repetida que dá angústia ao meu estômago, faria com que eu eleva-se as minhas mãos mas eu cravo a tinta nos lençóis. é repetido isto tudo.
é tudo repetido. têm vontade de me bater e dar-me de comer no chão. as palavras atiram-me, as acções afundam-me. tanto a dor bate como a doença remata o ponto solto. a doença que trago nos olhos, cai pelo o meu cabelo loiro. os olhos azuis e o cabelo loiro, não criam beleza. nem o meu corpo eleva beleza.
falo dos olhos e do cabelo porque é a perdição errada dos tolos, da assumida insanidade.
não consigo preencher mais espaço onde não existe nada, tentei que isto fosse uma carta mas não sei preencher espaço onde está branco, era uma carta. uma carta ao futuro. para dizer que quero uns olhos que me inundem de amor e me digam a verdade. azuis, para termos a mesma doença e morrermos doentes um perante o outro. será então puro amor, um futuro amor. partilharei este espaço contigo e assim podemos preencher o nada, não achas? se encontrares isto, escreve-me de volta e diz-me que és tu. até um dia, deixo-me sozinha, sem mais me chatear até tu leres. até um grande dia. amar-te-ei de volta.

1 comentário:

henrique disse...

não tenho acções, palavras ou palavrões para isto .

























































(QUE CARALHO DE GENIAL)http://gzlo.files.wordpress.com/2008/07/chica-cinema-paradiso.jpg